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quarta-feira, janeiro 17, 2007

Dualidade

Ainda sou crianças, mas aqui ainda tinha o corpo de uma!
Não dá para ver, mas eu tava de vestidinho rosa!!!
Daqui treze minutos fará um mês que não posto nada... nossa!!! Como o tempo passa rápido!!! Não foi por falta de vontade de escrever, nem por falta de assunto... na verdade foi o excesso deles!!!
Quanta coisa acontece em tão pouco tempo... e como a cabeça aguenta resolver tanta coisa, tudo diferente ao mesmo tempo... e o coração?!?! Tadinho... não existe cardiologista que possa explicar o quanto ele é forte!!! Mas a vida é assim mesmo cheia de surpresas e emoções, sem elas não teria o mínimo sentido!
Estou muito reflexiva quanto a dualidade das coisas, principalmente quanto a dualidade do término...
Quando começamos algo sabemos que o fim é inevitável, e quando chegar este momento o do fim, da partida, da separação, da despedida, eu, particularmente, fico assim: rindo e chorando à toa...
Rindo porque geralmente sei que inicia-se um novo ciclo, onde poderei conhecer pessoas, lugares, coisas diferentes e viverei experiências novas, emocionantes e que irão ampliar meus conhecimentos, experiência e vivência!
Chorando porque, por mais que eu resista, acabo me apegando e gostando das pessoas, das situações, da vida que vou levando...
Talvez seja porque sou mulher... segundo o fantástico livro "Complexo de Cinderela", de Colette Dowling, da editora Melhoramentos, as mulheres sofrem da SPGF, ou seja, a Síndrome do Pânico do Gênero Feminino.
A autora do livro é uma psicóloga que fez diversos estudos e análises de casos, e afirma que nós mulheres, por natureza, temos o desejo de salvação, necessitamos e queremos alguém que cuide de nós, nós não queremos ter que lutar com o mundo pelas nossas idéias, pelo nosso sustento, ao mesmo tempo que nos sentimos inferiores aos indivíduos do sexo masculino e transferimos toda a nossa "raiva", nosso "fracasso" à eles. Pois sempre afirmamos que abrimos mão de nossas vidas para cuidar deles, para que eles possa construir suas carreiras, quando na verdade somos nós quem temos do sucesso! E isso vem desde a nossa criação, dos nosso antepassados, onde nunca podíamos brincar na rua, subir nas árvores, porque podíamos nos machucar, então eramos super protegidas. Enquanto se os meninos fizessem isso de subir em árvores, corre na rua, eram incentivados, pois estavam enfrentando situações de riscos. Nós nunca podemos correr riscos! E isso vai passando e ainda acreditamos nisso! Por isso a busca incessante por um homem estável que lhe transmita segurança e a proteja.
Acredito que os pensamentos tenham evoluído e mudado!
Eu mesma não busco segurança em outrem... busco sim uma segurança, mas segurança que eu possa me oferecer! Por isso sempre trabalhei e lutei! Mas também não posso negar de que quando me encontro diante de desafios perigosos na minha vida não tenha medo... e quase desista... e me conforme em ser uma pessoa normal, ou melhor, uma mulher "normal". Nunca fui de sentir medo, mas quanto mais o tempo passa, mais a gente estuda, lê, adquire conhecimentos, mais a gente sente MEDO! Por isso invejo as crianças, que podem falar o que pensam, não veêm perigos e não medem esforços para conseguirem o que querem! Mas como a nossa criança nunca morrer apenas adormece a gente dá um jeito de acordar ela! Joga o medo para bem longe e parte! Parte em busca dos sonhos e leva consigo apenas a mala das boas recordações, o otimismo, a fé, e a coragem! A coragem de desbravar o mundo como qualquer grande navegador!!! Por que será que nunca ouvi falar em navegadora?!? A mala de coisas negativas a gente joga no rio, porque é muito pesada e pode atrapalhar ou dificultar o trajeto dos novos caminhos!
Mesmo sabendo que quando chegarmos ao fim destes novos caminhos estaremos de novo sentindo a mesma dualidade do término...
E teremos então que traçar novos e novos caminhos!!!
Sim!! Meninas navegadoras!!! Porque o universo é muito grande para ser descoberto apenas pelos meninos! Tem espaço para todo mundo! E todos, independente do sexo, tem duas mãos, duas pernas, dois olhos, uma boca, um cérebro, um coração e sonhos, muitos sonhos!!!
Por que será que depois que realizamos um sonho sempre buscamos outro?!?! Seres humanos... nunca estão satisfeitos!!! E graças a Deus!!! Pois eles são as energias que movimentam a vida, assim como eu disse no começo: cheia de emoções! Porque sem elas a vida não teria graça!!!
Talvez minhas singelas palavras estejam um tanto quanto confusas, assim como minha cabeça e o meu pobre coração, e tem também as mãos que nunca acompanham a velocidade do pensamento... Mas espero que dê para aproveitar ao menos a dica do livro!!!