Pesquisar este blog

domingo, janeiro 15, 2012

O Equilíbrio do Amor


Voltando a falar... e voltando a falar dele, que é muito mais antigo que a minha tatatatatataravó e ao mesmo tempo mais atual que qualquer programa de tv, do que a nova celebridade, do que a nova paixão nacional: O amor! 
Todo mundo diz que existem várias formas de amor, alguns - bem poucos - ainda acreditam que só se ama uma vez na vida... Mas a grande maioria acredita que o amor é algo tão difícil e complicado e problemático... e mais uma avalanche nem se quer acredita que ele exista. 
Pois é, com tudo isso só podemos acreditar que ele realmente é o cara. O amor é realmente o sentimento mais soberano, mais polêmico, mais discutido, mais doído e mais bonito... sempre falo das dualidades das coisas e o amor é onde a dualidade faz todo sentido. 
Eu não sei onde, como, quando exatamente muda nossa opinião sobre ele, só sei que muda. Em cada uma das fases ele se apresenta de uma forma. 
Quando se é criança ou pré adolescente, na maioria das vezes, é aquele famoso amor platônico... 
Na adolescência é o amor que você tem certeza de que é para sempre, que te enlouquece, geralmente é a fase do ciúmes possessivo. Ok, para alguns essa fase nunca passa.
Depois alguns falam do amor conveniente, do amor de ocasião, do amor que pode durar minutos ou semanas... é a fase do amor descartável. 
Mas chega uma hora em que mais nada disso faz sentido. 
Tem uma hora que amadurecemos, sim mesmo quem sempre negou que isso fosse acontecer! Alguns amadurecem com 15 anos, uns com 20, uns com 30, uns com 50 e eu acredito que tem gente que demora muitas encarnações. E aí o amor também amadurece, ou ele surge na verdade, e você vê que tudo o que você conhecia até aquele momento - sim até aqueles amores de enlouquecer que te deixou doente por anos e fez um estrago enorme na sua vida simplesmente não eram amor. Por isso gosto sempre da frase “Leve o tempo que precisar para sarar, mas não esqueça de um dia compartilhar o seu coração com outra pessoa". 
Não, realmente não existe definição para ele, só se sabe quando a sua hora chega. É verdade que ela não chega para todos, porque muitos se perderam com os "primeiros amores" e nunca conhecerão o verdadeiro. 
Mas apesar de não existir uma definição, tem umas palavras que ouvi que acho que fazem muito sentido: "Eu só sou eu de verdade quando estou com você". 
Lembra que em alguns momentos você disse que gostava disso, daquilo, daquilo outro e na verdade não gostava nenhum pouco? Lembra quando você se arrumava antes do cara acordar e depois fingia dormir novamente só para ele te ver mais "arrumadinha" quando  acordasse? Pois é... isso tudo fazia você ser quem você não é de verdade. E, consequentemente, não era amor. Não  estou dizendo que amor é quando as pessoas passam a dormir de camisetas de propaganda, isso também não é amor! Isso é desleixo! 
Amor é quando você não precisa fingir que gostou.
Não precisa sorrir sem querer.
Não precisa estar de bom humor logo pela manhã sendo que você não tem.
Não precisa comer cachorro quente mesmo odiando salsicha. 
Não precisa pensar se ele vai gostar do corte do cabelo. 
Não precisa se preocupar se ele vai acordar antes de você e te ver parecendo um leãozinho. 
É ter a certeza de que ele vai respeitar se hoje você decidir ser vegetariana, vegana, carnívora ou seja lá o que quiser ser. 
É ter a certeza de que ele vai ficar em silêncio pelas primeiras horas da manhã e só com um olhar, já vai te desejar bom dia, dizer que a ama e que respeita esse seu momento. “Passar um tempo sem falar, é uma tentativa de se desvencilhar do poder das palavras, de parar de nos asfixiar com as palavras, de nos libertar de nossos mantras sufocantes”.
É ter certeza de que vocês dois podem ficar horas em silêncio, concentrados em suas próprias leituras, com seus chás, cada um num canto do quarto e que isso será tão bom e prazeroso como horas de gargalhadas. 
É ter a certeza de que cada dia você pode acordar querendo ser uma mulher diferente, usar todas as cores de cabelos e tipos de roupas mais diversos e que mesmo assim ele ainda vai te olhar e dizer que você está linda. 
É ter a certeza de que se ele acordar antes de você vai dizer que você é linda até dormindo. 
E não estou falando de falar por falar, por obrigação. Por realmente sentir que isso tudo são apenas detalhes e acessórios. Porque ele ama quem está dentro da roupa e não a roupa. 
Sim, o amor é calmo, é tranquilo, te transmite paz, serenidade, confiança, segurança. Não é essa coisa estupenda, explosiva, ciumenta e possessiva que muitos acreditam. E isso não faz o amor ser monótono e sem graça, muito pelo contrário. Apesar de todo esse equilíbrio do amor ele também te faz perder a cabeça... te faz sentir borboletas no estômago... te faz ouvir os sininhos... te faz arrepiar... te faz ter aquela ansiedade de que o dia termine para vocês encontrarem... mas tudo isso de uma forma madura, tranquila, segura. Sim, é possível um equilíbrio desequilibrado. Acredite. "Às vezes perder o equilíbrio por amor faz parte de uma vida equilibrada". 
Você que chegou ao final pode pensar, será que isso realmente existe?
"Algumas vezes, a tristeza profunda é quase um local específico, uma coordenada em algum lugar do mapa do tempo. Quando você esta nesta selva de tristeza, não consegue imaginar que um dia conseguirá encontrar a saída para um lugar melhor. Mas, se alguém lhe garante que já esteve neste mesmo lugar, e conseguiu sair, isso as vezes traz alento". "As suas emoções são escravas de seus pensamentos, e você é escravo de suas emoções". Agora é com você, você pode acreditar que sim ou que não. As duas respostas estão corretas. Eu espero, de verdade, que você acredite! Eu acredito! Sempre!