Pesquisar este blog

terça-feira, setembro 01, 2009

ReCoRtEs De UmA dAs aVeNtUrAs - 2007



Mais pedaços de vida, viagens, pensamentos, sentimentos... bem no início de 2007...
Putz a viagem parece mais longa do que o normal, o relógio é o alvo, as horas não viram... vou pensar em alguma coisa... imaginar situações... criar histórias... mas qual o conteúdo? Hããã tanto faz... desde que distrais a minha mente... talvez o trabalho, Penélopes, o namo... não melhor não...
Que tal lembrar do passado? Histórias engraçadas, felizes, tristes... melhor não... já estou morrendo de saudade de todo mundo... choramingando por causa do Pedroco, da família, dos amigos...
Não vai passar... dormir não consigo... ouvir música a bateria ta acabando... queria ser movida a bateria também... para agora poder tirar a bateria e dormir... mas não sou... vou tentar meditar... levitar... me teletransportar...
Cheguei Aêêêê...
Agora só preciso de um metrô, um trólebus, e mais um ônibus.... mais duas horinhas com essas malas todas...
Mas a mala mais pesada é a do pensamento que tenta me tirar do foco.
E aí vi um garotinho no metrô que lembrava o Pedroco... e advinha? Caí no choro... hahaha... no meio do metrô...
Cheguei! Aêêêêê...
Fomos rezar... o cheirinho de centro é o mesmo em todo lugar... o barulhinho...
Aê que delícia! Hehehe
Delícia? Imagine um mega burguer? Pois é! Aêêê!!! Mega Burguer para a galera que estava azul de fome... confesso que eu já estava trêmula...
Resultado? Sonooooo!!! Nem deu para ver o “Paredão”.... melhor ter dormido mesmo se não eu que estaria no “paredão” na segunda... hehehehe...
Prevenir é melhor do que remediar não é?
Pois é... pensando assim terei que esperar 2 horas para uma reunião...
Mas SP é cheio desses cafés, lanchonetezinhas aconchegantes... encontrei-me... pedi meu básico café gelado e descobri que eles não tinham, mas como estamos em SP já providenciaram para satisfazer a cliente... que adorou!!! Hehehe...
Depois de horas de reunião... com questões complexas e intermináveis, saí!
Não sei como chegava nos lugares, pois eu não me recordo de ter passado por eles... lógico! Quando abri os olhos verdadeiramente estava em um local totalmente desconhecido. Tomei o ônibus errado. Tarde da noite, chuva e eu perdida. Achei o maldito ônibus certo. Chorei.
Cheguei em casa.
Dei-me férias de pensamentos.
Mais um dia se passou e o telefone tocou... rápido assim...
A ligação que eu mais esperava nos últimos anos...
E o coração não agüentou e chorou. E a emoção contagiou quem dividiu comigo os últimos momentos...
Agora cá estou, mais uma vez antecipada... duas horas... mas existe um motivo importante que justifica esse instante!
Mais uma vez eu vou contando as horas, ouvindo os passos... mas quem sabe o fim dessa história?
Pessoas... pessoas... cruzei com muitas... conversei com muitas... passei por muitas...
Cada uma com seu jeito... no seu estilo... com as roupas, acessórios, palavras, caras e bocas que dá conta de carregar...
E a dúvida assaltou-me... mais uma vez... vou ou não vou? Que tal recorrer aos céus? Ver a sorte nas estrelas? Pois é.... até para isso são necessárias chuvas, lágrimas e tempo...
Vou!
Pois é fui! Corri! Pedi! Puts aprendi a importância de 10 minutos. Perdi o ônibus depois de correr tanto... com tanto peso... quando cheguei ao destino estava só...
Todos tinham ido...
Embora eu tenha lutado com todas as minhas forças, e confesso que lutei até a exaustão, não era suficiente para o objetivo.
Careta para não chorar... (aprendi com Cláudinha Leite)... não adiantou... percorrendo o caminho de volta com outra visão e outros sentimentos... as lágrimas corriam em minha face melecada e em febre...
É... pois é... lembrava dos meus objetivos e que eu tinha escolhido tudo isso: os caminhos mais difíceis.
Não vou sucumbir, não vou desistir.
Até onde eu quero? Pois é...
Eu quero muito... mais que tudo!
Peguei outra estrada, embora fosse o dobro do investimento... vale a pena? Recuei... pensei... até onde mesmo eu quero?
Pois é... encarei... chorei... a febre aumentou... mas lembrei-me da minha frase “Eu não vou sucumbir, eu não vou desistir”... arrumei um cantinho em meio à multidão aglomerada e tirei a bota ensopada... a blusa encharcada... vi minha imagem refletida em lugar qualquer e assustei... estava um espantalho... não era a Ellen... Não é porque a dor é imensa que as pessoas precisam ver esta imagem horrenda... não é porque tomei banho de chuva e todos os ossos estão doloridos que eu tenho que ficar assim choramingando, desarrumada desse tanto...
Ajeitei o cabelo, retoquei a maquiagem, coloquei roupa e sandálias novas, um óculos escuro, uma fisionomia tranqüila e saí a procurar algo para comer... Meu estômago estava dando voltas... fome gigantesca.
Achei um Bob’s. Resolvi encarar. Na minha frente um mocinho interessante, estressado e reclamando do atendimento. Desejou-me boa sorte na minha busca de tentar comer algo.
Ao lado uma grávida também reclamando. Mas para quem já tinha passado por tantas coisas em tão poucas horas eu até encararia uma longa espera.
Até que não demorou...
Um garotinho passou na minha frente e sentou-se à mesa que eu iria sentar... tudo bem a do lado estava vazia e o garotinho era lindo. Devia ter uns 10 anos, pele clara, cabelos loiros, aparência educada. Sentei e vi que ele observava minhas batatas...
Você quer uma batata?
Não, meu pai já está vindo...
Ok, então.
Ouvi a voz do pai soar atrás de mim... surgiu em minha frente... e que pai charmoso... 1 metro e 80 no máximo, cabelos grisalhos, aparentava uns 50 anos, tudo muito bem distribuído... uma camiseta branca com listras azuis... cumprimentou-me e eu... onde estou mesmo? Hahaha...
É difícil encontrar homens tão charmosos, educados, de voz e timbre suaves assim...
Conversamos sobre a demora no atendimento, dos produtos mal feitos... terminei... joguei meu lixo fora, peguei minhas malas e despedi-me desejando boa viagem e ele respondeu me desejando Felicidades. Agradeci e me retirei.
Procurei um lugar mais calmo para sentar e observar de longe... depois do lanche deram algumas voltas de mãos dadas... não estavam com malas...
Putz! Que gafe...
Tudo bem... nunca mais os verei mesmo...
Enfim em casa, em uma delas...
Tempo, tempo, tempo és o senhor do destino.
Que horas são? Que dia é hoje?