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segunda-feira, julho 09, 2007

Irmã NeIdE

Foi entre lágrimas que procurei este texto entre os meus guardados, pois além de ser um dos meus prediletos quero dedicá-lo à uma das minhas inúmeras irmãs.

Todas sabem que eu as amo muito, mas nesta semana em especial minhas lágrimas são de eterna gratidão à minha irmã Neide, Fer, Maria Fer, Ferzinha...

Miga, mais uma vez você não me deixou cair sozinha, foi lá no fundo do poço onde eu me encontrava, disse-me: Erga-se, limpe estas lágrimas, arrume-se, ponha o sorriso no rosto e vamos sair!

Foi forte para conseguir me contar e me mostrar a realidade, mesmo sabendo que isso faria com que eu fosse ao inferno, você deixou que eu fosse, mas foi e me buscou, trouxe-me de volta à vida, mesmo que dura, me alegrou, me ouviu, segurou minhas lágrimas e não me deixou dormir só, embora dormir tenha sido algo que não consegui fazer... jamais esquecerei do dia 05/07/07, assim como jamais esquecerei de ti.

Obrigada minha irmã, por tudo que fez e faz por mim!

Amo você infinita e eternamente!!!


"Era uma vez uma jovem que acabara de chegar da lua-de-mel, e estava visitando a mãe numa tarde quente.
Juntas, conversavam, tomando um chá gelado.
A recém-casada falava sobre a vida, receitas culinárias, comentava a maravilha que foi sua lua-de-mel, e o quanto estava apaixonada pelo também jovem marido.
A mãe ouvia, enquanto remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo.
De repente, ela falou, olhando fixamente para sua filha: “Por mais que você esteja feliz, querida, nunca se esqueça de suas irmãs!”.
A filha estranhou, porque só tinha um irmão mais velho, mas a mãe continuou: “Sei que você ama seu marido, que terá filhos e filhas, mas à medida que envelhecer, sentirá mais e mais a importância de suas irmãs. E não se assuste: embora você não as tenha de seu próprio sangue, suas irmãs são TODAS as mulheres que fazem parte de sua vida. Inclusive eu”...
A jovem continuava olhando para sua mãe, sem entender muito bem. Até porque ela tinha se casado há pouquíssimo tempo, e, apaixonada como estava, acreditava que a vida se resumia a seu marido, ela mesma, a casa que haviam conseguido construir, simples mas confortável, e o futuro que via à frente deles, com os filhos chegando, a felicidade a cada dia aumentando mais.
Talvez a mãe ainda não tivesse percebido que ela agora era uma mulher casada, uma adulta, e não precisaria de ninguém mais para dar sentido à sua vida, nem suprir suas necessidades... que estranho conselho!
No entanto, sua mãe continuou a falar, sempre olhando fixamente para a jovem: “Quanto mais o tempo passar e a idade for avançando, mais importante serão as irmãs em sua vida, e você sempre precisará delas”.
Mesmo sem entender ainda muito bem, a jovem direcionou sua vida de forma a obedecer ao conselho materno. Procurava, sempre que possível, almoçar com as mulheres de sua vida, telefonava para elas, fazia e recebia confidências.
Na medida em que os anos passavam, ela aumentava o número de irmãs, e aos poucos foi entendendo o conselho dado por sua mãe, que falecera poucos anos depois dessa conversa. Sua mãe falara com muita sabedoria.
O tempo passa, a distância separa as pessoas, o amor, paixão se transforma em uma amizade, ou, como vidro, se quebra;
os homens muitas vezes se perdem no que deveriam fazer, o coração fica partido de dor, os filhos crescem, os cabelos mostram raízes cada vez mais brancas...
os pais se vão para outra dimensão, a aposentadoria chega, mas as irmãs sempre estarão por perto de você.
Independentemente do tempo e da distância, elas estarão sempre disponíveis, principalmente quando você se sentir só, como se estivesse caminhando num vale solitário.
As irmãs de sua vida estarão por ali, encorajando-a a continuar caminhando, rezando por você, recebendo-a de braços abertos no final do caminho difícil.
Pode ser que alguma ou algumas de suas irmãs desafiem todas as barreiras e caminhem ao seu lado, mão na sua mão.
Outras, ficarão à margem de seu caminho, atentas por onde você põe os pés, para alertá-la sobre os espinhos, se necessário conduzindo você para fora.
Quando começamos essa vida, na condição feminina, não tínhamos noção de quanto nos esperava de momentos alegres e também de dores.
Não sabíamos, igualmente, o quanto precisaríamos das outras mulheres de nossas vidas, de nossas irmãs..."